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CUrso online: Racismo Estrutural e Capitalismo

Este curso foi preparado pelo Coletivo Clóvis Moura com a intenção de qualificar o debate sobre Racismo Estrutural no capitalismo. Disponibilizado pelo canal do Contrapoder no YouTube. Teve duração de oito aulas que aconteceram de abril à maio de 2020.

Ministrado por Marcela Darido (Mestranda em Desenvolvimento Econômico - História Econômica, IE/Unicamp), Nathan Santos (Mestre em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Doutorando em Desenvolvimento Econômico - História Econômica, IE/Unicamp) e Sillas Coelho (Mestrando em Desenvolvimento Econômico - Economia Regional e Urbana, IE/Unicamp.

Aula 1 - introdução

A aula introdutória do curso Racismo Estrutural e Capitalismo abordou as repercussões ideológicas da formação racista do capitalismo e de sua reflexão científica. O texto base para essa aula é o Texto de Discussão Nº1 do Coletivo Clóvis Moura.

Aula 2 - Acumulação primitiva de capital e tráfico negro

A segunda aula apresenta uma reinterpretação mais que necessária do processo de acumulação primitiva de capital. Nela se dispõem os elementos que consolidaram uma dependência estrita do desenvolvimento capitalista na exploração racista de mão de obra escravizada, bem como na sua transformação em mercadoria. 

Aula 3 - Colonialismo e surgimento da raça

A terceira aula discutiu o Colonialismo e sua categoria básica de dominação: a raça. Essa discussão apresenta que a violência colonial foi uma peça chave para a construção das relações raciais desiguais na sociedade contemporânea, estruturando o capitalismo numa divisão racial em que os negros ocupam o lugar mais degradante.

Aula 4 - Início da modernidade e eurocentrismo

A quarta aula discutiu a Modernidade como um padrão civilizatório colonial, capitalista e eurocentrado. Sua construção básica se dá a partir da América e seu fundamento é a classificação racial da humanidade. Para além, o Eurocentrismo é a construção mental da Modernidade. O modo de conhecimento hegemônico, difundido com o capitalismo. É incompleto, caduco e parcial, visto que foi fundado na ideia de superioridade racial do branco.

Aula 5 - revolução burguesa e o negro

A quinta aula discorre sobre o fato de que a história oficial nos mostra o capitalismo como fruto de um processo de revoluções burguesas europeias, uma modernidade branca e centralmente europeia. Ela discute como a luta negra internacional impulsionou e atuou como agente político da construção do capitalismo, não só com a Revolução do Haiti, mas com os levantes e lutas negras que, desde o início da escravização negra, inundou as colônias, aterrorizando senhores de escravos e as Metrópoles.

Aula 6 - Haiti: a contraface da modernidade

A revolução do Haiti se constitui como um dos processos revolucionários que dá início ao capitalismo colonial/moderno. A sexta aula parte da história da única revolução escrava vitoriosa do mundo, pela qual se esconde a verdadeira face da modernidade. A forma com que se desenvolve essa revolução, que deve ser vista em profunda articulação com os processos que se dão na metrópole francesa, mostra que o capitalismo nunca pretendeu deixar para traz tanto seu aspecto colonial, como sua poderosa arma de dominação: a hierarquização racial do mundo.

Aula 7 - Imperialismo

A sétima aula traz uma visão africana do Imperialismo, em seu estágio neocolonial. Os processos de libertação nacional na África trouxeram à tona a nova estratégia de dominação colonial do capitalismo imperialista, onde a relação de dominação não se dá mais pela "posse" dos países dominados. Por traz da suposta soberania nacional dos países do chamado "terceiro mundo", se escondem importantes correntes que os prendem ao subdesenvolvimento e subserviência à burguesia internacional.

Aula 8 - racismo e crise

A última aula do curso encerra com a abordagem de que, nos momentos de crise capitalista, o racismo também age como elemento que amplifica, nos setores mais explorados e oprimidos, os ataques promovidos pela burguesia para não arcar com seus prejuízos. Em processo de "crises, guerras e revoluções" como agem as forças sociais? Como se dá a relação raça e classe? E, nessa crise em que vivemos, como pandemia, crise política e econômica, se relacionam com a situação de negros e negras pelo mundo? Quais são nossas saídas?

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